20.2.11

esquecer até voltar a lembrar.

Estar parada e ver tudo mexer incansavelmente , sem parar um único segundo, e ver que tudo acontecia naquele momento , como tapar levemente os dois olhos e não precisar de ver para saber.
Como se para viver não se pronuncia-se vida .
Fechamos-nos , porque dói confiar, porque dói entregar minutos de dias de anos de vida a quem pode não saber amar .
É não dar e não receber , é não se ser objectivo de partidos anteriores .
Fechamos-nos porque sabemos que ninguém precisa de chave para nos abrir , fechamos-nos porque o nunca começa a fazer sentido , e o nunca digas nunca perde o embale de magia .
Fechamos-nos ao mundo, porque o mundo se fechou a nós diante dos nossos olhos , andar para trás e ver oportunidades à frente, é ver o verbo acontecer ao redor e o verbo ficar diante de nós .
Fechamos-nos a quem nos tenta amar, fechamos-nos ao passado, presente, futuro, e ficamos num tempo nosso, permanece-mos indefinidos no mundo.
Tornamos-nos o não ser , e passamos a ser o menosprezar da vida .
O mais triste , é quem não dá tudo para um nada provando posteriormente que esse nada era um tudo.

«amar magoa, mas magoa mais deixar de amar.»

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