30.3.11

de nada .

«e com estes olhos cansados que me assombram, uma luz ressoada na parede , com a caneta dos anos, fiz o nosso ultimo ponto final , pousei a caneta , gasta com o tempo, substituta do lapis , acentuada na decisão marcada, lá ficou , no seu ultimo ângulo, no seu ultimo posto .
lá ficou, permanecida para o futuro tempo , e ficou , adormecida, deixada , morta .
com o meu ultimo toque, com a minha ultima angustia, com as minhas palavras , ela , deixou-se finalizar.

roida com tudo o que ficou por dizer , sem tampa por tudo o que perdi , seca por tudo o que deixei .
as suas ultimas palavras , foram de ponta seca, com alguma tinta, e uma grande marca nas folhas, traços distantes , irreconheciveis em folhas preenchidas, de tanto, e de tão pouco.

e lá ficou, e lá ficou...
irreconhecivel,usada, velha e de tão pouco ser ,já nem as palavras lhe chegam .»


«- hoje, não batas á porta , hoje não fales, hoje deixa-me pensar no que fomos , hoje deixa-me conjugar-te o passado , hoje deixa-me deixar o futuro, hoje deixa-me deixar de ser sonhadora, hoje deixa-me largar a alegria, hoje deixa-me partir corações, hoje deixa-me esmigalhar promessas , hoje deixa-me deixar-te, hoje.. deixa-me ser igual a ti .»



Sem comentários:

Enviar um comentário